CULTO ECUMÉNICO MARCA 50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA COM APELO À RECONCILIAÇÃO E JUSTIÇA SOCIAL
CULTO ECUMÉNICO MARCA 50 ANOS DE INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA COM APELO À RECONCILIAÇÃO E JUSTIÇA SOCIAL
Luanda, 8 de novembro – A reconciliação, a justiça social e a renovação moral e espiritual da nação estiveram no centro do culto ecuménico realizado este sábado, no Estádio 11 de Novembro, em Luanda, em celebração aos 50 anos da Independência de Angola.
O evento contou com a presença do Presidente da República, João Lourenço, e da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, assim como da Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, membros do Executivo, corpo diplomático, autoridades tradicionais e fiéis de diversas denominações.
Sob o lema “Culto Ecuménico — Angola 50 anos de Independência Nacional, em Cristo Jubilai”, o casal presidencial recebeu uma Bíblia Sagrada, entregue pelo arcebispo do Huambo, Dom Zeferino Zeca Martins, como símbolo de bênção e gratidão.
Durante a homilia, Dom José Manuel Imbamba, Presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, enfatizou que a paz duradoura depende do perdão sincero e da justiça social. “O perdão não é esquecimento, mas a coragem de olhar para o futuro”, afirmou.
O Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), representado pelo Reverendo Vladimir Agostinho, destacou que a independência deve ser vista como um processo contínuo de libertação integral, promovido por políticas públicas justas e pela valorização da diversidade cultural e linguística do país.
O bispo da Igreja Metodista Unida, Gaspar Domingos, apelou à solidariedade e à defesa diária da liberdade conquistada em 1975. “O sacrifício de muitos que deram as suas vidas no campo de batalha recorda-nos que a liberdade não é um presente, mas uma conquista que deve ser defendida todos os dias”, sublinhou.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, reforçou o papel das igrejas na promoção da paz, da unidade nacional e de valores éticos, lembrando que o culto ecuménico simboliza a unidade na diversidade, com as igrejas como parceiras do Estado na construção de uma sociedade mais justa e solidária.
A bispa Filomena Teta, da Igreja Anglicana, conduziu a oração final, assumindo com os fiéis o compromisso de continuar a trabalhar pelo bem-estar do país, encerrando o evento com louvores e um ambiente marcado pela fé, reconciliação e esperança.


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