Polémica em Portugal: Ventura Quer NATO Contra Governo de João Lourenço

Polémica em Portugal: Ventura Quer NATO Contra Governo de João Lourenço

O líder do Chega, André Ventura, voltou a incendiar o debate político em Portugal ao afirmar que, caso vença as próximas eleições presidenciais, pretende solicitar apoio da NATO para uma possível intervenção militar contra Angola. A declaração, feita em tom contundente, gerou imediata controvérsia, ampliou tensões diplomáticas e provocou forte indignação entre especialistas e dirigentes angolanos.

Ventura voltou a classificar o Presidente angolano, João Lourenço, como “tirano” e “ditador”, acusando o governo de “oprimir o seu povo” e de violar liberdades fundamentais. Segundo o líder do Chega, uma intervenção internacional serviria para “restaurar a liberdade e proteger os cidadãos angolanos de um regime autoritário”.

A proposta, considerada extrema e sem precedentes no discurso político português recente, foi prontamente rejeitada por analistas políticos, juristas e diplomatas, que a descreveram como:

  • “Irresponsável”,
  • “Belicista”,
  • “Uma afronta ao princípio da soberania nacional”.

Especialistas sublinham que a NATO não realiza intervenções militares em países soberanos sem mandato internacional, tornando a ideia avançada por Ventura juridicamente infundada e politicamente inviável.

A reação angolana foi de forte repúdio. Dirigentes e observadores destacam que Portugal e Angola possuem relações históricas, estratégicas e profundas, que não podem ser colocadas em risco por discursos radicais motivados por agendas eleitorais.

Nos últimos meses, Ventura tem intensificado ataques verbais ao governo angolano, acusando-o de corrupção, má gestão e perseguição a opositores — uma postura que tem contribuído para um clima crescente de tensão entre os dois países lusófonos.

Até ao momento, nenhuma entidade internacional confirmou qualquer intenção de considerar o cenário sugerido pelo líder do Chega.

Com esta nova polémica, André Ventura volta a colocar Angola no centro do debate político em Lisboa, levantando preocupações sobre o impacto que um eventual mandato presidencial seu teria na política externa portuguesa e no relacionamento com os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).

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