Funcionários do parque da independência denunciam atrasos de salários e má gestão

 Luanda — Um grupo de funcionários do Parque da Independência, em Luanda, denunciou esta semana atrasos salariais que já ultrapassam cinco meses e alegados casos de má gestão e nepotismo, desde que a Administração Municipal do Rangel assumiu a direção do espaço público.



Segundo relatos dos trabalhadores, a situação tem sido marcada por falta de diálogo, postura autoritária e ausência de condições básicas de trabalho. A principal visada é Isabel Tanda, diretora municipal da Cultura, apontada como responsável pela atual administração do parque.


“A senhora Isabel Tanda é muito arrogante, não respeita ninguém. Colocou familiares em cargos de chefia e ignora as nossas reclamações. Estamos há cinco meses sem salário, mesmo com o parque a gerar receitas suficientes”, denunciou um funcionário, sob anonimato por medo de represálias.


De acordo com os trabalhadores, o Parque da Independência arrecada mensalmente valores significativos — cerca de 900 mil kwanzas das entradas, 120 mil kwanzas das máquinas de gelados, e mais de 160 mil kwanzas em outras atividades, números que, segundo eles, seriam mais do que suficientes para cobrir os vencimentos do pessoal.


Apesar disso, a realidade é dura: seguranças chegam a cumprir 48 horas seguidas de serviço, com salários de apenas 50 mil kwanzas, sem subsídio de transporte e sem direito a refeições.


“Estamos a trabalhar há 20 anos neste parque e nunca passámos por tamanha humilhação. Ela vem apenas para desrespeitar e chutar os trabalhadores. Temos famílias e estamos cansados”, desabafou outro colaborador.


Os trabalhadores afirmam que já tentaram resolver a situação de forma pacífica, mas sem sucesso. “Ela disse que podemos queixar onde quisermos, que não vai dar em nada”, relatou um dos funcionários.


Até ao momento, a Administração Municipal do Rangel e a Direção Municipal da Cultura não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias.


👉 O Portal BL NEWS continuará a acompanhar este caso que levanta sérias questões sobre a gestão dos espaços públicos e o respeito pelos direitos laborais em Luanda.

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